Galeria capixaba Matias Brotas leva à ARPA 2025 curadoria potente e ações imersivas*

A Matias Brotas, galeria capixaba com quase duas décadas de atuação no circuito da arte contemporânea, reafirma seu papel de destaque no cenário brasileiro ao participar, pelo segundo ano consecutivo, da ARPA — feira que se firmou como uma das mais importantes plataformas de arte da América Latina. A edição de 2025 acontece entre os dias 28 de maio e 1º de junho, na Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo, reunindo galerias, artistas, curadores e colecionadores em torno de uma programação que celebra a diversidade da produção artística contemporânea.
Única representante do Espírito Santo no evento, a Matias Brotas leva para seu estande uma curadoria robusta e cuidadosamente elaborada, com trabalhos inéditos de quatro artistas que transitam por diferentes linguagens e territórios: Claudio Alvarez, Mai-Britt Wolthers, Thainan Castro e Suzana Queiroga. Com esse movimento, a galeria não apenas amplia sua inserção no circuito nacional, como também fortalece sua missão de fomentar o colecionismo, a valorização da diversidade estética e o diálogo constante entre arte, sociedade e mercado.
Além da presença no espaço expositivo, a galeria prepara uma série de ações paralelas que incluem visitas guiadas, conversas com artistas e uma experiência exclusiva que conecta arte, moda e arquitetura. No dia 29 de maio, convidados poderão participar de uma imersão que se inicia no atelier do artista Arthur Arnold, segue com um brunch na Aluf — marca de moda autoral que integra design, arte e estilo de vida —, conduzido pela designer Ana Luísa Fernandes, e se encerra com um tour comentado no estande da galeria, mediado pela artista dinamarquesa Mai-Britt Wolthers. A proposta é estreitar laços entre diferentes expressões criativas, estimulando um olhar expandido sobre as interfaces culturais.
O conjunto de obras que compõe a participação da Matias Brotas na feira reflete seu compromisso com uma produção contemporânea vibrante, plural e conectada às discussões estéticas e sociais da atualidade. O artista Thainan Castro, que reside em Londres, onde cursa Experimentações em Desenho na renomada Royal Drawing School, apresenta uma série inédita que se debruça sobre a intersecção entre memória, afetividade e cotidiano. Seus desenhos, carregados de potência poética, emergem de um processo autobiográfico que teve início após um grave acidente na juventude, quando o ato de desenhar se tornou ferramenta de reabilitação física e emocional. Sua obra investiga o desenho não apenas como técnica, mas como linguagem sensível e terapêutica, capaz de ressignificar experiências e ativar lembranças coletivas.
Thainan Castro
Outro nome de destaque é o da artista Mai-Britt Wolthers, dinamarquesa radicada no Brasil desde 1986. Sua trajetória é marcada pela transdisciplinaridade, explorando pintura, escultura, gravura, instalação e vídeo. Seu trabalho estabelece diálogos sofisticados entre cor, forma e espaço, propondo experiências sensoriais e imersivas. Wolthers já participou de importantes mostras e bienais, tendo passado por instituições como o Centro Cultural São Paulo, Centro Cultural dos Correios, Lamb Arts (Londres) e Charlottenborg Kunsthal (Copenhague). Seus trabalhos integram acervos de prestígio, incluindo o do MAC de Campo Grande, Centro Cultural São Paulo e Instituto Figueiredo Ferraz.
Mai Britt Wolthers
O argentino Claudio Alvarez, que vive no Brasil desde meados dos anos 1970, também apresenta produções inéditas na ARPA. Com formação técnica em Mecânica Industrial e uma carreira artística consolidada, sua pesquisa orbita o universo da arte cinética e da escultura geométrica. Suas obras lidam com questões relacionadas ao movimento, à percepção visual e às ilusões ópticas, estabelecendo conexões entre arte, ciência e física. Alvarez acumula participações em exposições de grande relevância, como a histórica “Geração 80”, no Parque Lage (RJ), a 6ª Bienal de Osaka, no Japão, e mostras em Portugal. Seus trabalhos compõem acervos institucionais, como o Museu Nacional (RJ) e o Museu de Arte Contemporânea de Curitiba.
Com uma produção que atravessa pintura, instalação, vídeo e escultura, a artista carioca Suzana Queiroga, atualmente baseada em Portugal, também integra o time de representados na feira. Sua pesquisa é pautada por reflexões sobre tempo, fluxo e cartografia, criando obras que tensionam os limites entre a materialidade e o conceito. Doutora em Artes Visuais, Queiroga desenvolve projetos que frequentemente dialogam com temas científicos, propondo uma intersecção fértil entre arte, física e cosmologia. Seu percurso inclui exposições em instituições renomadas, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), o Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), além de outros espaços internacionais.
A participação na ARPA representa, para a Matias Brotas, não apenas a consolidação de sua atuação no mercado nacional, mas também a reafirmação de sua vocação como agente cultural comprometido com a formação de público e a circulação da produção artística capixaba em territórios além das fronteiras regionais. “Estar na ARPA vai além de marcar presença em uma das feiras mais prestigiadas do país. É uma maneira de reafirmarmos nosso compromisso com a formação de novos colecionadores, com a expansão de nossos projetos e com o fortalecimento da arte contemporânea brasileira. Acreditamos na potência dos encontros, das trocas e das conexões que a arte é capaz de gerar”, destaca Lara Brotas, sócia-fundadora e diretora de projetos da galeria.
O estande da Matias Brotas na ARPA 2025 se apresenta, assim, como um espaço de celebração da multiplicidade, onde diferentes trajetórias, estéticas e linguagens se encontram, propondo ao público uma imersão na riqueza e na complexidade da produção artística contemporânea. Mais do que uma vitrine, a galeria se posiciona como um elo entre artistas, colecionadores e a sociedade, fomentando reflexões e impulsionando novos olhares sobre a arte no Brasil e no mundo.
A artista carioca Suzana Queiroga, cuja obra tem se consolidado como uma das mais relevantes no panorama da arte contemporânea brasileira e internacional. Atualmente residente em Portugal, Queiroga desenvolve uma produção multifacetada que atravessa diferentes linguagens, como pintura, escultura, instalação, desenho e vídeo, sempre articuladas por uma pesquisa conceitual profunda.
Suzana Queiroga
Seus trabalhos estabelecem relações poéticas com temas como fluxo, tempo, espacialidade e cartografia. A artista cria universos visuais que se desdobram em formas orgânicas e estruturas que evocam mapas, constelações, redes e sistemas complexos. Ao longo de sua trajetória, Queiroga vem propondo reflexões sobre a interconexão dos corpos, das paisagens e dos territórios, tanto físicos quanto simbólicos. Seu interesse pela interseção entre arte, ciência e filosofia aparece constantemente, seja na exploração de conceitos ligados à física quântica, à astronomia ou à geografia afetiva.
Doutora em Artes Visuais, Queiroga também desenvolve uma consistente pesquisa teórica que alimenta sua prática artística, conferindo às suas obras uma densidade intelectual rara. Participou de exposições em instituições de grande prestígio no Brasil, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), o Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), além de ter apresentado seus trabalhos em importantes espaços internacionais, reforçando sua posição como uma artista de alcance global. Suas obras integram coleções públicas e privadas, evidenciando a força e a relevância de sua produção no circuito contemporâneo.
Já Claudio Alvarez, argentino radicado no Brasil desde 1976, traz para a feira uma produção rigorosamente inédita, que dá continuidade à sua longa e instigante investigação no campo da arte cinética, da escultura geométrica e do design construtivo. Com formação técnica em Mecânica Industrial, sua trajetória artística sempre esteve atravessada por um interesse quase científico pelos fenômenos da percepção, do equilíbrio e do movimento.
Claudio Alvarez
Sua obra se distingue pela criação de estruturas precisas que desafiam a gravidade, propondo jogos ópticos e experimentações sensoriais. Alvarez emprega princípios da engenharia, da matemática e da física na construção de esculturas que se movem, giram ou flutuam, criando experiências estéticas que instigam o olhar e provocam o corpo. A articulação entre forma, espaço e tempo é central em sua produção, que convida o público a participar ativamente da fruição, seja deslocando-se em torno das peças, seja interagindo com elas de maneira direta.
Sua carreira inclui participações em momentos históricos da cena artística brasileira e internacional. Em 1984, foi um dos artistas que integrou a célebre exposição “Como vai você, Geração 80?”, no Parque Lage (RJ), considerada um marco da redemocratização e da renovação estética no Brasil. Posteriormente, representou o país na 6ª Bienal de Osaka, no Japão, e participou de diversas mostras em Portugal, além de coletivas e individuais em instituições de prestígio. Suas obras fazem parte de acervos significativos, como o do Museu Nacional (RJ) e do Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, reafirmando a importância de sua contribuição para a história da arte contemporânea no Brasil.
Tanto Claudio Alvarez quanto Suzana Queiroga compartilham uma característica essencial: ambos desenvolvem pesquisas visuais que extrapolam os limites da materialidade, propondo experiências imersivas, reflexivas e sensoriais que dialogam com temas urgentes do mundo contemporâneo — como a percepção, o tempo, o espaço, a memória e a relação do indivíduo com o coletivo.
A presença desses artistas no estande da Matias Brotas não é apenas uma demonstração da potência da produção contemporânea, mas também um testemunho do compromisso da galeria com a diversidade de práticas artísticas e com a circulação de obras que ampliam o repertório sensível e crítico do público. A galeria, ao apostar em nomes que transitam entre diferentes gerações, territórios e linguagens, reforça seu papel como um espaço de conexão entre artistas, colecionadores e a sociedade, contribuindo decisivamente para o fortalecimento do mercado de arte fora dos grandes centros tradicionais.
A participação da Matias Brotas na ARPA 2025, portanto, não apenas projeta a arte produzida no Espírito Santo para o circuito nacional e internacional, como também reafirma a centralidade da galeria no debate sobre os rumos da arte contemporânea no Brasil e no mundo.
Crédito das fotos das obras: Yago Miller
Capa crédito: Cacá Lima

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