Com leilão marcado para sexta (19), Emae tem capacidade para abastecer 825 mil imóveis
A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) é a próxima empresa a passar pelo plano de desestatização do Governo de São Paulo, em leilão marcado para sexta-feira (19) na sede da B3, na capital. As usinas operadas por ela geraram no ano passado 1.663 GWh de energia, o suficiente para abastecer média de 825 mil residências na Grande São Paulo.
Vale lembrar que a energia produzida pela Emae chega ao consumidor final por meio das distribuidoras, que, por sua vez, já contrataram essa energia produzida. Ao todo, são quatro usinas hidrelétricas, oito barragens e duas usinas elevatórias. Elas estão localizadas em São Paulo, Salto, Cubatão e Pirapora do Bom Jesus.
A empresa foi criada em 1998 com origem na Light (The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited) após o processo de cisão da Eletropaulo.
Controle de cheias
A Emae também desempenha um papel essencial no controle de cheias no Estado de São Paulo. Regulando os níveis dos rios Pinheiros e Tietê, a empresa ajuda a prevenir o alagamento nas margens do rio Pinheiros e Tietê em épocas de chuva. Para isso, é feito o bombeamento das águas do rio para o Reservatório Billings.
Além disso, há um trabalho permanente de desassoreamento e de remoção de lixo do rio Pinheiros. Reduzir a quantidade de resíduos melhora o escoamento da água. O acúmulo de lixo também prejudica a operação do canal, porque obstrui o sistema de bombeamento das usinas elevatórias.
Transporte por balsa
A travessia por meio de balsas é outro serviço que a Emae realiza. A empresa transporta diariamente, 24 horas por dia, pessoas e veículos nas travessias Bororé, Taquacetuba e João Basso. Mensalmente, o serviço da EMAE realiza uma média de 14 mil viagens e transporta gratuitamente 161 mil passageiros e 158 mil veículos.
O leilão da Emae
Até o fim de 2023, a Emae gerou receita líquida de R$ 603 milhões. Além disso, a empresa atingiu um valor de mercado de R$ 2,3 bilhões. De economia mista, ela tem sua composição acionária dividida entre o Governo do Estado, a Companhia Metropolitana de São Paulo, a Eletrobras e uma parcela minoritária com outros acionistas.
Os resultados alcançados pela EMAE colocam em condição favorável para a desestatização. Com a venda das ações pertencentes ao Estado, a EMAE passará a ser controlada por um ente privado, que assumirá todos os serviços realizados atualmente pela companhia geradora de energia. Isso inclui o serviço de transporte por balsa, que será mantido de forma gratuita pelo novo controlador.
Oportunidades de R$ 220 bilhões
O Governo de São Paulo tem previsão para 13 projetos em leilões ao longo de 2024. O primeiro deles foi o Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte em fevereiro, que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas. Na terça-feira (16), o Lote Litoral foi leiloado, com valor estimado do contrato de R$ 4,3 bilhões em 30 anos.
A carteira de projetos de concessões, desestatizações e parcerias da atual gestão estadual é estimada em mais de R$ 220 bilhões em capital privado, com 20 projetos qualificados e a previsão de 44 leilões até o final de 2026.
Fonte: Governo do Estado de São Paulo
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