Governo de SP investe R$ 31 bilhões no ensino superior em dois anos
USP foi destaque, ao longo de 2024, entre as universidades mais produtivas do mundo
Sete instituições estaduais receberão cerca de R$ 1 bilhão adicional de verba neste ano em comparação ao ano passado; juntas, universidades e faculdades atendem mais de 200 mil alunos
As universidades e faculdades vinculadas à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) do Estado de São Paulo receberam montante de recursos recorde nos últimos dois anos. O investimento aproximado em sete instituições supera a cifra dos R$ 31 bilhões, o maior da história. No comparativo das aplicações de 2023 para 2024, houve um acréscimo de aproximadamente R$ 1 bilhão neste ano.
Universidade de São Paulo (USP), Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), as unidades da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec) – mantidas pelo Centro Paula Souza-, além da Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Famerp) receberão, ao todo, em torno de R$ 16 bilhões neste ano. No ano passado, esse total foi de pouco mais de R$ 15 bilhões.
Juntas, as instituições atendem mais de 200 mil estudantes e oferecem mais de 350 cursos. Todas têm posições de destaque no cenário acadêmico nacional e, em alguns casos, internacional. As três maiores – USP, Unesp e Unicamp – apareceram, ao longo de 2024, entre as universidades mais produtivas do mundo em diversos rankings.
Esses levantamentos levam em conta, além da produtividade científica em termos quantitativos, a qualidade da pesquisa, o ambiente de aprendizagem e a internacionalização (citações internacionais dos trabalhos), entre outros. “O valor relevante de investimentos e a garantia de autonomia universitária asseguram o bom posicionamento das nossas instituições aqui no Brasil e lá fora”, destaca o secretário da SCTI, Vahan Agopyan.
Como os recursos são provenientes da arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), só será possível saber os valores exatos das aplicações de 2024 no início de 2025. Mas a estimativa deve sofrer mínima variação, pois já é possível ter acesso aos valores até o mês de outubro.
Pedro Paulo Biccas Jr.
Jornalista (0003813/ES)
Cientista Político (USP)
Especialista em Planejamento Estratégico (FGV)
Especialista em Liderança, Mentalidade e Desenvolvimento Contínuo (PUC-RS)
Especialista em Mídias Digitais (FGV)