Fase Vermelha da Operação SP Sempre Alerta chega ao fim com menor número de mortes

Fase Vermelha da Operação SP Sempre Alerta chega ao fim com menor número de mortes

A Fase Vermelha da Operação SP Sempre Alerta 2023/2024 do Governo de SP, que teve início em 1º de dezembro de 2023, encerrou nesta segunda-feira (15) com redução significativa no número de mortes devido às chuvas, se comparado com a edição anterior, na qual foram registradas 98 mortes. No período da campanha (2023/2024), foram 18 óbitos, o que corresponde a uma diminuição de 81,7%. O número de mortes só foi menor na operação de 2017/2018, quando foram registrados dez óbitos.

Destaque também para a redução de 40% nos casos de mortes por enchentes/enxurradas. Em 2022/2023 foram registradas 20 mortes. Já na operação atual foram 12 óbitos.

Na Operação SP Sempre Alerta 23/24 foram contabilizadas 250 ocorrências, 1.017 desabrigados, 1.262 desalojados, 50 feridos e nenhuma pessoa desaparecida. Na operação anterior foram 407 ocorrências, 3.410 desabrigados, 20.026 desalojados, 58 feridos e cinco pessoas desaparecidas. “Importante lembrar do papel fundamental e de extrema relevância da comunicação, que por meio dela e das informações divulgadas conseguimos alcançar o maior número de pessoas possíveis, levando informações que puderam salvar vidas”, ressaltou o Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, Cel PM Henguel Ricardo Pereira.

A Operação estava programada para encerrar no dia 31 de março, mas, em razão da possibilidade de novas chuvas, foi prorrogada até segunda-feira (15).

Investimentos, ajuda humanitária e situação de emergência

Durante a Operação SP Sempre Alerta, 13 municípios decretaram situação de emergência decorrente aos estragos causados pelas chuvas e 26 receberam itens de ajuda humanitária com colchões, cobertores, cestas básicas kits de limpeza e higiene pessoal das equipes do Governo de SP. Um total de 70 toneladas, no valor de aproximadamente R$ 1,2 milhões com recurso próprio da Defesa Civil do Estado.

Foram liberados recursos de R$ 53 milhões para obras recuperativas e emergências, durante esta operação, sendo R$ 7 milhões destinados para a construção de três pontes em Ubatuba e mais R$ 45 milhões para a construção de pontes e contenção de encostas, que foram danificadas pelas chuvas. Mais R$ 1 milhão foi repassado para a contratação de serviços emergenciais.

A Defesa Civil tem se mostrado atuante e comprometida com a segurança da população, promovendo ações preventivas de resposta a emergências e desastres, e a assinatura de convênios é mais um exemplo desse comprometimento e da importância desse trabalho. “Atuamos diretamente para atender a população. Este é um pedido do governador Tarcísio, que assumiu com atenção total ao período de fortes chuvas em todo o estado. Reforçamos ainda mais as ações da Defesa Civil, entregando obras de recuperação e prevenção da infraestrutura, enviado ajuda humanitária e monitorado as regiões com maior incidência de chuva”, destacou o Coronel PM Henguel.

A operação deste ano contou com o monitoramento realizado pelo novo radar meteorológico adquirido pelo Governo do estado e instalado no Litoral, um investimento de R$ 10 milhões. As sirenes instaladas nas áreas de risco tiveram investimento de R$ 2,4 milhões. O equipamento da Vila Sahy, em São Sebastião, foi utilizado duas vezes neste verão, para a evacuação dos moradores em razão do alto volume de chuva.

O sistema de alerta via SMS, pelo 40199, totalizou quase 4 milhões de usuários cadastrados, o que possibilitou o acesso aos 4.141 alertas de risco emitidos durante a Operação SP Sempre Alerta.

Pela primeira vez, uma campanha dedicada à Defesa Civil permitiu a veiculação de conteúdo de prevenção em mídias com TV, rádio, jornais impressos e outdoors. Alguns vídeos publicados alcançaram mais de 3 milhões de visualizações nas redes sociais.

Condições climáticas de verão

O verão apresentou um cenário irregular tanto para os acumulados de chuva quanto para temperaturas acima da média, vez que o período foi marcado pela presença do fenômeno El Niño, o que favoreceu para as mudanças das condições climáticas durante a estação.

O mês de dezembro, por exemplo, foi marcado por chuva abaixo da média em todo o território paulista, principalmente na região de Sorocaba. Aliás, em Sorocaba, choveu apenas 31,8mm, o que corresponde a 17,3% da média climatológica, que é 183,7mm. Na capital paulista, choveu 95mm (42,3% da média climatológica, que é 224,4mm).

Já para as temperaturas, foram verificados valores acima da média em todo o estado. Exemplo de Campinas, onde foi registrada uma temperatura máxima média de 31,9°C (3,7°C acima do esperado para o mês, que é 28,2°C). Em Registro, a temperatura máxima média registrada em dezembro foi de 31,5°C (3,1°C acima da média, que é 28,4°C).

Já as chuvas no mês de janeiro ficaram abaixo da média em quase todo o interior paulista, com exceção apenas do noroeste do estado, onde os acumulados ficaram entre a média e ligeiramente acima da média. No município de Araraquara, por exemplo, choveu apenas 117,3mm em janeiro (41% da média climatológica do mês, que é 285,8mm). Já em Santa Fé do Sul, choveu 281,5mm (muito próximo do esperado para o mês, que é 278,1mm). Já na faixa leste paulista, principalmente no litoral, os acumulados ficaram acima do esperado. Em Bertioga, por exemplo, foi registrado 429,4mm (209,6% do esperado para janeiro, que é de 204,8mm).

Quanto às temperaturas, valores acima da média foram registrados na maior parte do estado, principalmente no oeste paulista, região de Campinas e no Vale do Paraíba. Em Mogi-Guaçu, por exemplo, a temperatura máxima média registrada foi de 31,8°C (5,6°C acima do esperado para janeiro, que é 26,2°C). Já na Grande São Paulo e no extremo sul paulista, a temperatura ficou próxima do esperado para o mês. Na capital, a temperatura máxima média registrada foi de 29,3°C, sendo que a média climatológica do mês é 28,2°C.

Fevereiro foi marcado por chuva abaixo da média em grande parte do estado, principalmente no centro e norte paulista. Como exemplo, a cidade de Olímpia, onde foi registrado apenas 63,4mm (29,9% do esperado para o mês, que é 211,8mm). Já o noroeste paulista, região de Marília, parte da região de Campinas, Serra da Mantiqueira e a divisa de SP com o RJ foram marcados por precipitações entre a média e um pouco acima da média. Em Mirandópolis, por exemplo, choveu 203,3mm, sendo que o esperado para o mês é 189,5mm. Já no sul paulista e Baixada Santista os acumulados ficaram acima do esperado para o mês. Em Peruíbe, por exemplo, choveu 270,8mm em fevereiro (140% acima do esperado para o mês, que é 192,7mm).

As temperaturas durante o mês de fevereiro foram marcadas acima da média na maior parte do estado. Em Piracicaba, por exemplo, a temperatura máxima média foi de 31,1°C (3,4°C acima do esperado, que é 27,7°C). Já no nordeste paulista, as temperaturas ficaram próximas do esperado.

O mês março foi marcado também por precipitações abaixo da média na maior parte do estado, principalmente no oeste e noroeste paulista. Em São José do Rio Preto, por exemplo, até o dia 25/03 choveu apenas 58,4mm (37,4% da média climatológica do mês, que é 155,9mm). Por outro lado, no litoral norte, Baixada Santista, leste da Grande São Paulo, parte do Vale do Paraíba e região de Campinas, os acumulados ficaram acima do esperado. No Guarujá, por exemplo, choveu 317,8mm até o dia 25 de março (sendo que a média climatológica do mês é 263,4mm).

Enquanto isso, as temperaturas ficaram acima da média em todo o estado. Houve o registro de uma onda de calor entre os dias 12 e 20 de março, que deixou as temperaturas bem acima da média para o mês. Em Araçatuba, chegou a ser registrado 37,7°C no dia 14 de março. A temperatura máxima média entre os dias 1 e 25 de março foi de 34,6°C (4,2°C acima da média para o mês). Em Taubaté, a temperatura chegou a 35,3°C nos dias 15 e 16 de março, o que representa 5,2°C acima da média do mês.

 

Fonte: Governo do Estado São Paulo