Com índice de óbitos por dengue consideravelmente abaixo da média nacional, Prefeitura declara estado de emergência no combate à doença
Medida se soma às várias ações que a gestão municipal vem adotando desde o início do ano para conter avanço da doença
Com número de óbitos percentualmente três vezes menor em relação aos índices nacionais, quando comparado com o volume de casos confirmados, a Prefeitura de São Paulo decretou estado de emergência em saúde pública para a dengue nesta segunda-feira (18). A medida será publicada em edição extra do Diário Oficial. A capital registra hoje 414 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes.
A cidade de São Paulo registrou 49.721 casos e 11 óbitos, o que representa 0,022% do total de casos confirmados. No Brasil foram registrados 491 óbitos (0,063%). No Estado, foram 66 óbitos (0,030% dos casos).
Mesmo antes do decreto, o prefeito Ricardo Nunes vem adotando uma série de medidas que permitiram à cidade manter o índice de mortes abaixo dos números nacionais e estaduais.
A Prefeitura encaminhará ainda nesta segunda o quarto ofício ao governo federal solicitando a destinação de vacinas à capital. Os três pedidos anteriores não foram respondidos.
No último dia 13, o prefeito anunciou mais um incremento de R$ 240 milhões no investimento na intensificação das ações de combate à dengue, que incluem a ampliação do horário de funcionamento das AMAs, contratação de 500 médicos para reforçar o atendimento nas unidades de saúde, mais 30 caminhonetes para nebulização e a inclusão de 3.200 agentes do (POT) Programa Operação Trabalho, 100 em cada uma das 32 subprefeituras, para intensificar os trabalhos realizados pela Prefeitura no combate à dengue. Leia mais aqui.
No início do mês, a Prefeitura já havia dado início à utilização de drones para eliminar focos do mosquito da dengue com larvicida. Eles se somam aos 26 drones já utilizados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) para o monitoramento de imóveis e terrenos com possíveis focos do mosquito da dengue que os agentes de saúde não conseguem acessar, como telhados de casas, lajes, galpões e outros pontos com acúmulo de objetos em terrenos baldios.
Em janeiro, a Prefeitura reforçou em seis vezes do número de agentes nas ruas, que passou de 2 mil para 12 mil.
Para fiscalizar possíveis focos de dengue na cidade, os cidadãos podem fazer a solicitação por meio dos canais oficiais da prefeitura 156 ou diretamente no site.
Novas ações realizadas pela Prefeitura de São Paulo no enfrentamento à dengue:
- Ampliação no horário de atendimento em todas as 80 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). A partir de segunda-feira, dia 18, essas unidades passam a ter três horas a mais de atendimento todos os dias, ficando abertas até 22h
- Reforço de 3,2 mil mulheres contratadas pelo Programa Operação Trabalho (POT). Elas passarão por treinamento e estarão distribuídas nas 32 subprefeituras
- Apoio de 6,5 mil mães contratadas pelo POT Mães Guardiãs que terão curso de capacitação para orientação nas escolas municipais
- Mais 30 veículos de nebulização, elevando o número total para 96
- Reforço na campanha de conscientização, com faixas em cruzamentos de vias, terminais de ônibus e dentro dos coletivos
- Novas tendas para atendimento de pessoas com sintoma, em Itaquera e São Miguel Paulista
Principais ações que já vêm sendo realizadas pela Prefeitura:
- Mais de 3 milhões de ações de combate à dengue realizadas de domingo a domingo na capital em 2024, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, bloqueios e nebulizações;
- Aumento em seis vezes do número de agentes nas ruas, que passou de 2 mil para 12 mil;
- Participação no Dia D estadual (1/3) em parceria com as escolas municipais e estaduais para sensibilização da comunidade sobre a doença e prevenção;
- Participação no Dia D nacional com ações nos territórios (2/3);
- Mais de 1 milhão de folders orientativos distribuídos nas escolas;
- 703 profissionais contratados por meio de concurso público para as Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis);
- Mapeamento aéreo de imóveis e terrenos com 26 drones em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM); desde o início dessa operação, mais de 400 locais foram mapeados e 100, nebulisados em uma semana
- Cinco drones para aplicação de larvicidas em locais de difícil acesso pelos agentes de saúde, como imóveis e terrenos com possíveis focos de dengue, previamente monitorados, registrados e referenciados em toda a cidade de São Paulo;
- 200 equipamentos motorizados costais para nebulização;
- 30 mil litros de inseticida adquiridos pelo município direto do fornecedor entre 2022 e 2023;
- Instalação de duas tendas para o atendimento específico dos pacientes com sintomas da dengue: uma em Itaquera – ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 26 de Agosto; a segunda anexa à UPA Tito Lopes.
- 400 mil testes de dengue comprados pela Prefeitura; todas as 471 Unidades Básica de Saúde oferecem a testagem gratuitamente
- 20 mil armadilhas distribuídas em residências e pontos comerciais em toda a cidade
Prevenção
A Prefeitura reforça a importância do apoio da população no combate à dengue. O munícipe deve verificar locais em sua residência, se não está deixando recipientes e/ou reservatórios de água que possam impactar na propagação da doença.
Cuidados
As unidades de saúde municipais realizam atendimento a pacientes que apresentam sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, e estão abastecidas com testes rápidos para a doença, que são feitos conforme avaliação clínica.
Atendimento
Os cidadãos podem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência na plataforma Busca Saúde, disponível no link. https://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/
Fonte: Prefeitura de São Paulo.
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